A banalidade do mal nazi-sionista

Jeferson Miola   //
Imagem: noticiário CNN Internacional   //     

“A vida está se esvaindo em Gaza numa velocidade assustadora”, declarou o Subsecretário-Geral para Assuntos Humanitários da ONU Martin Griffiths após o ataque das forças israelenses que resultou no massacre de pelo menos 112 palestinos e deixou outros 760 feridos quando se aproximavam desesperadamente do comboio com ajuda alimentar.

Uma covardia vergonhosa e criminosa dos soldados israelenses, que dispararam contra a multidão famélica em busca desesperada por uma ração mínima para comer.

Em quase cinco meses de agressão brutal na Faixa de Gaza, o saldo da devastação humana e material é terrível. Israel fez do território palestino uma terra arrasada; a Guernica do século 21.

Cidades foram inteiramente destruídas. A força nazi-sionista não poupou nem mesmo igrejas, mesquitas, instalações da ONU, escolas e hospitais. É recorde o número de jornalistas, funcionários da ONU, médicos e socorristas assassinados em tão breve período.

Segundo estimativas conservadoras da ONU, Israel deixou mais de 70 mil feridos e já matou mais de 30 mil palestinos. A imensa maioria –25 mil, que equivalem a 1% da população de Gaza–, são mulheres e crianças. Uma hecatombe.

A cada 12 minutos, uma criança palestina é assassinada, e a cada duas horas e meia outra fica aleijada ou mutilada. Além das demais centenas que diariamente ficam órfãs – muitas delas sem nenhum parente vivo.

Esse show de horrores nazi-sionistas é transmitido em tempo real pela TV e internet para uma população mundial incrédula e totalmente impotente diante do patrocínio político e material dos EUA à limpeza étnica executada pelo regime criminoso de Apartheid.

A barbárie é naturalizada, integra a paisagem do cotidiano como uma fatalidade incontornável para um povo que é desumanizado e, por isso, abandonado pelo mundo inteiro, que assiste a vida se esvair em Gaza “numa velocidade assustadora”.

A cena do presidente dos EUA Joe Biden [26/2] saboreando um sorvete enquanto comentava sorridente esperar um cessar-fogo só na próxima segunda-feira, 4 de março, apenas uma semana adiante, é chocante, imoral e abjeta.

“Meu conselheiro de segurança nacional me disse que estamos perto. Minha esperança é que seja na próxima segunda-feira”, disse o líder da maior potência mundial e fiador do genocídio palestino com a naturalidade espantosa de quem agenda o tratamento de uma unha encravada.

Os EUA são indiferentes ao fato de que, em mais uma semana de demora para a cessação dos ataques genocidas, mais de 1.500 crianças palestinas morrerão, ficarão órfãs ou mutiladas e outras milhares de pessoas, a maioria mulheres, também serão assassinadas.

A atitude indecorosa de Biden significa a banalização do mal nazi-sionista que sujeita o povo palestino às mesmíssimas condições desumanas, cruéis e macabras a que Hitler sujeitou os judeus na Alemanha nazista.

5 comentários em “A banalidade do mal nazi-sionista

  1. Querido Jef, choro pelos poros enquanto o coração sangra. Tento me exprimir mas estamos diante de algo inefável. Gaza sofre se acabando e agora? A Humanidade continuará existindo depois disso? Qual será o parâmetro para ser humano? Sobrará, ainda, algum espaço para, no futuro, amar pessoas?

    Às vezes penso que estamos mundo afora sob os escombros da ideia de humanidade. Sionistas bombardearam tudo, fizeram um buraco no qual não poderão habitar tampouco construir alguma coisa e nós todos fomos enfiamos dentro desse buraco à medida que ele foi sendo escavado.
    Abraços

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  2. A diferença do caso Israel/Palestina e Nazismo/Judeus está na motivação e dimensão.
    É muito lamentável que o Mundo que se diz desenvolvido negue este desenvolvimento ao não ser capaz de uma ação que controle e enquadre Hamas e Israel com medidas pacificadoras.

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